sexta-feira, maio 12, 2006

Capitulo II

Capitulo II

Dia 17! O dia pelo qual andava há semanas à espera, estava finalmente na primeira página do calendário!
Ainda o sol vinha em Espanha, já eu tinha acordado cheio de expectativas e vontade de iniciar a aventura.
Depois de um pequeno-almoço revigorante na companhia da Cris, lá nos pusemos a caminho.
A chuva despedia-se, deixando a estrada molhada. No entanto, cuidadoso, ainda pus uns sacos de plástico grandes a cobrir os alforges.
Murphy, na sua brilhante lei, diz-nos “quando algo tiver que correr mal, vai correr...” Nada mais certo! Mal montei a bicicleta, mal dei a primeira pedalada, o suporte que comprei na Sportzone voltou-se a revelar um autêntico flop! Apesar de todos os cuidados, esqueci que uma bicicleta com suspensão total vai um pouco abaixo quando nos sentamos no selim. Resultado: O suporte ia a roçar na roda, e com os buracos da estrada aquilo batia fazendo um estardalhaço!
Ainda consegui andar, á vontade, uns vintes longos metros! Mas depois... A minha vida andava para trás!
Bendita a hora que resolvi levar a minha mochila.
Lá redistribui as coisas pela mochila e pela bicicleta de Cris retirando peso de cima do famoso suporte!
Recomeçámos.
E, até que enfim, tudo parecia estar OK!
A primeira paragem foi no Ribas Parque, para “apanhar” a Susete e a Dora.
Estávamos a ingerir uma dose de cafeína, quando o Zé liga todo preocupado! O João estava atrasado e tinha o telefone desligado! Durante uns minutos tentámos, sem sucesso falar com o João. Em casa não devia estar pois também não atendia.
Como não podíamos fazer mais nada, decidimos continuar a viagem até à estação da CP em Aveiro.
Meia hora depois da hora combinada, chega o Zé e o João fresquíssimo! Também pudera, dormiu mais meia hora que todos nós.
Eram cerca das 7.30 da manhã e a cidade de Aveiro estava a acordar.
Entrámos na estação e dirigimo-nos à linha 4, onde estava o comboio que nos levaria até S. Bento, no Porto.
Que nos levaria, disse bem, caso o revisor não tivesse estado cerca de 5 minutos a dizer-nos que não tínhamos tempo para comprar seis míseros bilhetes:
- Não pode ser, vocês não vão ter tempo de comprar os bilhetes para esta composição!
- Mas a bilheteira é já ali... Aguarde apenas um minuto...
- Já disse, não pode ser. Têm outra composição daqui a vinte minutos.
- É um instante...
- Esta já não vai dar...
No meio desta discussão corri para a bilheteira para tirar os tão desejados bilhetes! Faltavam um ou dois quando o revisor da CP dá ordem de partida ao comboio...
Foi uma desilusão.
A antipatia do revisor e a sua insensibilidade, fizeram com que perdesse-mos o comboio. Não lhe tinha custado nada esperar por nós. É graças a estas atitudes que as pessoas continuam a preferir os transportes próprios aos públicos...
Mas a nossa aventura na estação não tinha terminado...
Enquanto esperávamos pela “próxima composição” chega uma proveniente do Porto. Lá de dentro sai uma senhora de idade carregada com um carrinho. Imbuído do espírito de peregrino, lá tentei ajudar a senhora. Que vergonha! A senhora tratou-me tão mal... Não sei o que pensou, mas não gostou nada da ajuda.
E digo-vos, ela demorou uns bons minutos para descer as escadas carregada com carrinho. Não se esquecendo de continuar a praguejar...

Pouco depois chega o tão ansiado comboio que nos levou para S. Bento.
Chegados ao Porto, dirigimo-nos para a Sé, a fim de darmos início à nossa peregrinação.
Ainda fomos a tempo de participar na missa. Juntamente com cinco portuenses. É esquisito ver uma igreja tão grande como a Sé do Porto, apenas com 5 pessoas a participar na missa. Fruto do tempo?
Depois de carimbado o nosso passaporte de peregrino, tão bem feito pelo nosso P. João Alves, lá começámos, de facto, o Caminho de Santiago!

1 comentário:

Anónimo disse...

Oláaaaaaaaa..

fg.. esse revisor... MORTE AO REVISOR!!!

deve ter sido uma xperiencia fantastica ter ido d bike a compostela.. eu n vou d bike, mas talvez vá a pé... :P

bjinhs...

Jakeline