quarta-feira, outubro 24, 2018

Você acredita em vida após o parto?


Um escritor espanhol explicou a existência do Deus invisível com uma ótima analogia:
No ventre de uma mãe havia dois bebês. Um perguntou ao outro: “
Você acredita em vida após o parto?”
O outro respondeu: “É claro. Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde.”
“Bobagem”, disse o primeiro. “Não há vida após o parto. Que tipo de vida seria essa?”
O segundo disse, “Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez vamos poder andar com as nossas pernas e comer com nossas bocas.
Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora.”
O primeiro respondeu: “Isso é um absurdo. Andar é impossível. E comer com a boca? Ridículo! O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o que precisamos. Mas o cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto logicamente está fora de questão.”
O segundo insistiu, “Bem, eu acho que há alguma coisa, e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez a gente não vai precisar mais deste tubo físico.”
O primeiro respondeu: “Bobagem. E além disso, se há mesmo vida após o parto, então por que ninguém jamais voltou de lá? O parto é o fim da vida, e no pós-parto não há nada além de escuridão e silêncio e esquecimento. Ele não nos leva a lugar nenhum.”
“Bem, eu não sei”, disse o segundo, “mas certamente vamos encontrar a Mãe e ela vai cuidar de nós.”
O primeiro respondeu: “Mãe? Você realmente acredita em Mãe? Isso é ridículo. Se a Mãe existe, então onde ela está agora?”
O segundo disse: “Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir.”
Disse o primeiro: “Bem, eu não posso vê-la, então é lógico que ela não existe.”
Ao que o segundo respondeu: “Às vezes, quando você está em silêncio, se você se concentrar e realmente ouvir, você pode perceber a presença dela, e pode ouvir sua voz amorosa, lá de cima.”
– Pablo J.Luis Molinero

quarta-feira, setembro 14, 2011

Plebeu, talvez...


Ouvem-se trombetas...
As bandeiras estão a meia haste...
O Sol há muito que se escondeu...
Os pássaros do bosque perderam o seu canto!
As flores perderam a sua cor...
No Reino, todos estão tristes...
A Princesa desapareceu!
As lágrimas correm pela face do Rei!
Sente-se pequeno... Muito pequeno.. Impotente!
Procurou-a incansavelmente mas não a encontrou!
A Princesa desapareceu!
O Rei não a reconhece... À sua Princesa...
Gritou aos quatro ventos, mas a resposta foi o silêncio!
Onde estás?
Mais uma lágrima lhe corre pela face...
Mais uma que vai ao encontro do oceano que mancha o chão!
Muitas lágrimas tinha o Rei...
Ninguém lhe pode valer... A não ser ela...
Mas...
A Princesa desapareceu!
O Rei pergunta aos pontos cardeais se a viu...
Ela está sem norte!
O Rei olha o horizonte... A esperança vive no seu coração...
No entanto, sabe que ela não vai voltar...
O Rei sente-se ainda mais pequeno...
A Princesa desapareceu!
Sem novas, o coração do monarca mirra...
Olha os caminhos...
Sela os cavalos e parte sem destino...
A chuva aparece!
A chuva sim, compreende-o...
Ajuda-o a chorar...
E assim, ninguém sabe se chora ou se é a água celestial que lhe varre o rosto.
A Princesa desapareceu!
O Rei sofre...
Rei sem trono...
Rei sem reino!
Sem Rei... Com rocha!
Uma rocha no peito!
Onde antes batia um coração pleno de amor...
Agora nada bate!
E foi ela! Ela roubou-lhe a vida...
Regressa ao lar... um lar que nunca o foi...
Os emissários trazem novas!
Alguém a viu, dizem uns, não era ela, dizem outros...
A certeza é que ela desapareceu!
O Rei não consegue explicar...
Também nunca foi Rei!
Plebeu, talvez...
Um pobre coitado...
Espera a morte...
A vida perdeu o sentido...
A Princesa desapareceu!

Luiz Pessoa

quarta-feira, julho 20, 2011

Já...



Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

Clarice Lispector

quinta-feira, julho 14, 2011

Beira-Mar TerraNova


Arranca amanhã na Terra Nova, um novo projecto do qual, com muito orgulho faço parte!
COM O BEIRA 100 CRISE, um programa que falará do Beira-Mar e dos "nossos" heróis!
Descontracção, uma conversa informal, o outro lado da Equipa Profissional de Futebol!
Sextas às 19, na Rádio dos 25!...